casas de santiago
Sendo a dependência um dos problemas sociais de maior dimensão e abrangência, mobilizador de inúmeros investimentos económicos, mas também humanos, urge concertar esforços, saberes e experiências, procurando-se uma crescente adequação às reais necessidades da população utente e respetivas possibilidades de sucesso do trabalho realizado.
É precisamente sobre esta ideia de “alternativa” que assenta o projeto das “Casas de Santiago”. Conhecer, analisar, diagnosticar e intervir sobre o fenómeno são objetivos centrais, mas fazê-lo de forma inovadora, criativa e versátil.
Desta forma, afirma-se como estratégia disponibilizar espaços alternativos que motivem a escolha e permanência na clínica, com vista à potencialização do trabalho desenvolvido.
No entanto, e uma vez que o problema da dependência não afeta apenas o próprio dependente, mas toda a sua envolvente, tanto a nível micro (família, amigos) como macro (sociedade em geral), consideramos imprescindível alargar a nossa intervenção a todas estas redes de pertença.
Evolução Histórica
Ainda em 2022, as Casas de Santiago assumem-se na totalidade como unidade de saúde privada, aumentando a sua estrutura clínica como forma de resposta aos duplos diagnósticos e comorbilidades psicológicas. Apostam na terapia holística e técnicas de intervenção de nova linha como o Mindfulness na prevenção à recaída.
Em 2023, é implementado o ginásio por forma a garantir a prática de desporto livre pelos utentes. Ainda neste ano, assumem papel importante na prevenção primária no distrito de Castelo Branco, trabalhando amiúde com Idanha-a-Nova e Fundão.
Renovam o protocolo de parceria com a OPP (Ordem dos Psicólogos) e UBI (Universidade da Beira Interior), monitorizando estágios profissionais.
Em 2024, reforçam a sua equipa terapêutica com o intuito de providenciar novos serviços.
Consolidam-se novos espaços terapêuticos e de lazer, como gabinetes de terapias individuais, por forma a garantir um melhor ambiente terapêutico e espaços verdes exteriores. Formam-se os técnicos em áreas de intervenção familiar e Recovery Coach, a fim de poder garantir esses serviços.
2004
A Reconstrução
Procedeu-se à reconstrução de uma propriedade pertencente à sócia, onde atualmente se situa a clínica e desenvolve a sua atividade.
2006
A Licensa
Após um processo moroso na obtenção das diversas licenças, é-lhe atribuída a licença de funcionamento para o tratamento da toxicodependência, com uma capacidade total para 20 utentes.
Obteve-se o registo na Entidade Reguladora de Saúde ERS e foi solicitado o licenciamento de camas para o programa específico dedicado a doença mental grave concomitante e alcoolismo
2007
Membro de associação Europeia
Em virtude do seu crescimento e desenvolvimento de serviços prestados, a clínica torna-se membro da Associação Europeia de Tratamento da Adição EATA.
2008
Atribuição de 8 camas
Após a candidatura a camas convencionadas, foi-nos atribuído 8 camas convencionadas pelo IDT (Instituto da Droga e Toxicodependência).
2009
ISO 9001:2008
Licenciamento de 2 camas para o programa específico, dedicado a doença mental grave concomitante e alcoolismo.
Procedeu-se ao início da implementação do Sistema de Gestão de Qualidade segundo a norma NP EN ISO 9001:2008
2010
CERTIFICADO APCER
Obteve o certificado pela APCER em setembro Membro Fundador de Sociedade de Adictologia.
2009
ISO 9001:2008
Licenciamento de 2 camas para o programa específico, dedicado a doença mental grave concomitante e alcoolismo.
Procedeu-se ao início da implementação do Sistema de Gestão de Qualidade segundo a norma NP EN ISO 9001:2008
2010
CERTIFICADO APCER
Obteve o certificado pela APCER em setembro Membro Fundador de Sociedade de Adictologia.
2019
GUIA NACIONAL DE RESPOSTAS SOCIAIS
Na procura de prestações de interesse global a clínica, divulgou o guia nacional de respostas sociais, documento que abrange todo o território nacional; continente e ilhas, que elaborou.
2021
PARCERIA COM A ORDEM DOS PSICÓLOGOS
A clínica reforça o seu interesse, na base académica do estudo da patologia aditiva e revê as parcerias com a ordem dos psicólogos e universidade da beira interior.
A empresa Entre Pontes, LDA, vê alterada a sua natureza jurídica, com a entrada do sócio Bernardo Nuno Tracana Bernardino, tornando-se numa sociedade por quotas igualitárias.
casas de santiago
Modelo de Intervenção Terapêutico
O projeto Casas de Santiago tem como base a ideia de alternativa. Assenta nas características atuais e realidade do consumidor e dependente de hoje. Procura uma resposta global às necessidades atuais, sociais e culturais do cidadão pleno.
Considerando como requisitos à admissão, prioritariamente a vontade de uma reabilitação e o querer de um novo modo de vida, ajustam-se valências aptas a concretizar os desejos.
Fomenta-se o envolvimento de terceiros responsáveis desde o início do processo terapêutico: os elos de referência contribuem significativamente para o sucesso terapêutico.
Assim, numa primeira fase, viabiliza-se uma adaptação progressiva à vida em grupo, um aumento crescente de valores de confiança, civismo e competência. Consuma-se a elaboração de estratégias individuais de recuperação, que caso a caso preveem soluções terapêuticas diversificadas.
Não perdendo de vista a linha condutora orientada para a total abstinência, o percurso de cada um pode fazer coexistir fases intermédias de desligamento., sendo assim é possível nas casas de santiago as terapêuticas de substituição opiácea como metadona e buprenorfina, bem como terapêuticas psiquiátricas de suporte de longa duração.
O compromisso posterior de prosseguir o processo de reabilitação até à inserção na vida ativa, é tomado numa fase física de maior disponibilidade e maior consciência e responsabilidade, se necessário inicia-se uma segunda fase, que prevê a consolidação de competências e capacidades aprendidas na primeira fase e a utilização das ferramentas terapêuticas adquiridas.
Nesta fase é possível reaprender e readquirir muito do que o consumo danificou e procurar refazer ou reajustar relações pessoais e interpessoais.
O autoconhecimento e a aceitação de limites e potenciais são parte integrante da base terapêutica de Santiago. O encontro de objetivos e finalidade de vida é apanágio de recuperação.
Aposta-se na relação de honestidade individual e tolerância coletiva, fomentam-se relações empáticas entre pares e a gestão de conflitos. Cria-se a oportunidade de um convívio assíduo com todo o grupo, impossibilitando relações privilegiadas.
Lançam-se desafios tendentes ao processo de autonomização. Premeia-se a escolha de atividades, por vezes introspetivas outras exógenas do EU com os outros.
O esclarecimento temático associado, é fomentado pela apresentação de palestras, por profissionais que a convite de Santiago se disponibilizem a responder a questões de foro: jurídico; médico-sanitário; nutricional; orientador de escolhas e respostas sociais. Acreditamos que a dicotomia entre o que sou e o que quero ser, na maioria tem soluções simples e exequíveis.
A reinserção, chave do sucesso terapêutico, e pedra basilar da resposta à valorização humana e ao ultrapassar de situações de crise, é objetivo último a que Santiago se propõe responder.
A decisão do onde? E como? É tomada pelo utente, amparada e facilitada pela clínica articulando com os serviços competentes existentes, quer públicos, como Centros de Emprego, clubes de emprego, quer privados através da ação social contribuem para um leque alargado de respostas. Redimensiona-se o utente como membro ativo e produtivo da sociedade. Procede-se à integração gradual nessa realidade desligando o utente progressivamente e possibilitando a avaliação das dificuldades encontradas no confronto com o real.
Divulgam-se os grupos de autoajuda – mútua existentes, e a forma de os tornar ajudas pessoais.
Garante-se o apoio pós-tratamento e medeia-se as relações com referências anteriores. A família e outras redes de relação são co-utentes de Santiago e por isso merecedores de serviços que promovam a serenidade e esperança a um novo rumo.